“Bem-aventurados aqueles que lêem
e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas,
pois o tempo está próximo.”
(Ap 1:3)
A
primeira coisa que todos devem saber a ler Apocalipse é que tipo de livro ele
é. Todos sabem que um livro de profecias, mas se perguntarmos se as sete
Igrejas são proféticas, não ouso responder.
Os
capítulos de 1 a 22 mostram-nos que a característica especial de Apocalipse é
que ele é, em natureza, um livro de profecia. Não apenas são proféticos os sete
selos, as sete trombetas, as sete taças, mas ate mesmo as sete cartas também
são proféticas. Este livro é um livro de profecias; esta é a razão porque
ninguém ousa acrescentar qualquer coisa a ele, nem é permitido a ninguém
retirar algo dele.
Desde
que ele é um livro de profecias, devemos tratá-lo como profecia e descobrir o
cumprimento de sua profecia. A natureza deste livro de Apocalipse, se deve
prestar a atenção, é primeiramente profecia; em segundo lugar, desde que seja
profecia, ela será cumprida.
Na
Ásia, nesta época, havia mais que sete Igrejas. Então, por que João mencionou
apenas estas sete? Quando ele estava na Ilha de Patmos, ele viu somente estas
coisas, estas sete Igrejas, porque estas sete representam todas as outras. Deus
escolheu sete Igrejas que tinham características de mutua afinidade e colocou a
profecia sobre elas.
Na
terra há sete Igrejas; no céu também há apenas sete candeeiros. Mas aqui está o
problema; sempre que há uma Igreja nesta terra, há um candeeiro no céu. O
estranho é que João viu apenas sete candeeiros no céu. Havia então, apenas sete
Igrejas na terra? Parece que a Igreja em Tchankin foi excluída, e a Igreja em
Naquim também foi excluída. Que faremos?
Esta é a razão pela qual devemos lembrar-nos de que isto é uma profecia.
Desde que é profecia apenas sete igrejas foram selecionadas. Este sete Igrejas
são representantes de todas as outras Igrejas; não há numero oito para ser
representado. Há mais de sete Igrejas na terra, mas essas sete estão
selecionadas como as representantes.
Há
somente sete candeeiros no céu, porque a historia das sete Igrejas constitui a
historia completa da Igreja.
Devemos
dar especial atenção a palavra do capitulo 1: “Bem Aventurados aqueles que lêem
e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nelas escritas”
(v.3). Novamente no capitulo 22: “Bem
Aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (v.7).
Portanto, podemos dizer que esta profecia são os mandamentos de Deus. Embora
exteriormente este livro esteja revestido com profecia, com tudo, interiormente
é o mandamento de Deus. Este é um livro para praticar, não para estudar.
A
profecia aqui difere de outras profecias; ela é para o homem guardar. Entre
João e nós há um principio comum, qual seja, essa profecia é para guardarmos –
para guardarmos do inicio ao fim.
Aqueles
que não querem guardá-la, como podem entender Apocalipse? Como podem entender
as sete Igrejas?
Lendo
os capítulos 2 e 3 de Apocalipse, não apenas devemos ver que esta é uma
profecia para guardarmos, mas também que o Senhor é o Senhor do julgamento. A
primeira metade de Apocalipse, capitulo 1, é o prefácio de todo o livro de
Apocalipse; A ultima metade é o prefacio dos livros dos capítulos 2 e 3. Assim,
estes dois capítulos iniciam com a revelação do Senhor Jesus. Aqui vemos o
Senhor “com vestes talares”. Os
Sacerdotes vestiam vestes longas; aqui, o Senhor é um Sacerdote. O Candeeiro
está no lugar santo, a luz dele nunca se extinguirá. Sua luz arderá dia e
noite; por esta razão, o Sacerdote continuamente, espevita e adiciona o óleo ao
candeeiro no santo lugar. O Senhor Jesus é o Sacerdote que anda no meio das
Igrejas para ver qual lâmpada está acesa e qual não está. O espevitamento é o
julgamento, porque o julgamento começa na casa de Deus. Cristo anda no meio das
Igrejas fazendo a Obra de Julgamento, e o julgamento de hoje é visto durante
toda a eternidade.
Extraído
do livro “A Ortodoxia da Igreja” – Watchman Nee
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