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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Como podemos entender o livro de Apocalipse

"Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre."  (Mt 7:8)

Para entender o livro de Apocalipse a primeira coisa que se deve fazer é lê-lo. Sem fazer isso, ninguém pode entender esse livro. Não é estranho que quando perguntamos aos cristãos “porque você não lê o Apocalipse?” eles respondem que é porque não o entendem? Por acaso eles querem dizer que é necessário entender primeiro essas páginas para depois lê-las? Que Deus nos conceda paciência para estudarmos a Sua palavra, a fim de que não desistamos de ler logo que encontrarmos alguma dificuldade, pois dessa forma perderíamos muitas bênçãos. Qualquer que ler esse livro do Apocalipse não deve confiar simplesmente no seu próprio poder mental; ele deve, em oração, humildemente e abertamente pedir a iluminação do Espírito Santo. Quando a Sua luz brilha sobre a palavra de Deus, coisas que outrora não foram entendidas durante anos serão imediatamente compreendidas.
Além disso, o leitor desse livro deve manter o seu coração puro - ou seja, ele não deve ler por curiosidade a respeito de eventos futuros. Pelo contrário, ele deve ler atentamente as páginas desse livro, com o desejo de conhecer mais da palavra de Deus, para poder guardar a Sua vontade e receber tudo o que Ele quiser dar através da sua palavra. Deus não abençoará uma leitura que sirva apenas para alimentar uma mente curiosa, pois isso não tem proveito para nossa vida espiritual.
A meu ver, a primeira coisa a fazer para compreender o livro de Apocalipse é obter um conhecimento meticuloso sobre ele. Para começar, leia-o capítulo por capítulo. Leia até que você possa lembrar do conteúdo de cada capítulo sem olhar. Então leia cuidadosamente, versículo por versículo. Memorize os versículos que você considera importante. Use todos os tipos de métodos para se tornar um meticuloso conhecedor desse livro. Assim que você se tornar familiarizado com os seus conteúdos, o Espírito Santo então poderá ensiná-lo.

Agora, estando totalmente inteirado a respeito do livro, você logo descobrirá as suas divisões naturais. Você será capaz de perceber o método do livro e de decidir qual parte é história principal e qual parte é parênteses. Você  pode então pôr a história principal em ordem e determinar o relacionamento entre história e parênteses. Com um programa de estudo detalhado como esse, você verá qual parte está claramente explicada e qual parte está apenas implícita. Não há problema nenhum com as partes explícitas, mas as partes implícitas devem ser comparadas com outras porções das Escrituras. Desde que o livro de Apocalipse é a soma total de toda a Bíblia (nele são concluídos todos os problemas que não foram concluídos em partes anteriores da Bíblia), nós devemos pesquisar os outros livros da Bíblia para esquadrinhar todas as conexões pertinentes. Se interpretarmos as escrituras com o auxílio das próprias escrituras, nós chegaremos a uma acurada explicação e conhecimento. No entanto, como nós já temos observado, a leitura da Bíblia não é apenas para conhecer, mas é para cultivar a vida espiritual. E por isso, mesmo com as partes que podemos entender, nós devemos pedir ao Espírito Santo que nos mostre seus significados espirituais e que nos dê ajuda espiritual.

Extraído do livro "Ajuda ao Apocalipse" - Watchman Nee

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Caminho da Cruz

"Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?"  (Mc 10:38)

Precisamos entender a história do Monte da Transfiguração especialmente à luz do Evangelho de Lucas. Em certa ocasião, Campbell Morgan afirmou: "A natureza humana, depois da queda do homem, tornou-se cada vez mais vazia. Porque fomos destituídos da glória de Deus, por causa do pecado, a natureza humana nunca conseguiu florescer". 


Todavia, no Monte da Transfiguração, o Filho de Deus, como Filho do Homem, era o Homem Perfeito aos olhos de Deus. Essa foi a primeira vez na história da humanidade em que a verdadeira humanidade floresceu. Ali vemos a manifestação dessa glória. É por isso que Campbell Morgan sugeriu: "Se Adão nunca tivesse caído e tivesse tomado o fruto da árvore da vida, ele iria crescer continuamente. E, um dia, ele partiria deste mundo. Mas ele não partiria deste mundo através da morte. Então o que aconteceria? Ao receber o fruto da árvore da vida, ele estaria sendo transformado à imagem do Senhor Jesus. O sinal de que aquela vida estava madura seria algo semelhante ao que aconteceu no Monte da Transfiguração".



É por isso que precisamos entender a beleza da cena no Monte da Transfiguração. No que concerne ao nosso Senhor, Ele já chegara ao final de Sua jornada na Terra, Ele já havia atingido o ápice da vida. 

Daquele monte, Ele poderia ter ascendido aos céus, Ele já havia cumprido todo o propósito de Deus para Sua vida....mas o Senhor não partiu dali. Ele ainda não podia subir ao céu dali. Ele teve, antes, que descer o Monte Hermon até o Monte Gólgota e ali morrer por nós na cruz.


Aqui nos é dada uma definição do caminho da cruz. O caminho da cruz é o caminho que leva do Monte da Transfiguração ao Monte Gólgota. O nosso Senhor não precisava passar por esse caminho. Mas, para nos salvar, Ele não salvou a Si próprio....O Senhor amadureceu com um propósito: dar vida para outros


Extraído do livro "Grandes Profecias da Bíblia" - Christian Chen
Editora Tesouro Aberto 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Estou Crucificado com Cristo

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."
(Gl. 2:20)

Uma vez salvo, o cristão vencedor deve levar a cruz e negar-se a si mesmo. É um mandamento do Senhor para os que voluntariamente o querem seguir. O ensino da cruz não é popular. O crente carnal evita este ensino bíblico; entretanto, as Escrituras dizem que todos nós os que temos crido já fomos crucificados com Cristo; mas nosso velho homem deve experimentar essa crucificação na realidade prática, levar e encarar a cruz em nossa alma, ou seja, viver essa experiência de morte e ressurreição enquanto estamos nesta terra; do contrário vivemos uma vida vencida. 

Quando isto ocorre, com freqüência somos dominados pelo pecado e por nossa própria vida natural, e como conseqüência não fazemos a vontade de Deus, e essa vida derrotada nos enreda em pecados e em obras que voltarão a nós quando regressar o Senhor, e teremos que dar conta dele. Se não aceitamos levar a cruz agora, é necessário que sejamos tratados no futuro.

Um derrotado é vencido pela carne, pelo mundo e por Satanás. Tomar a cruz é obedecer a Deus e estar disposto a passar por todas as situações que Deus haja previsto que passemos. No mundo, a alma tem seus deleites e seus próprios interesses, mas a cruz e o negar a si mesmo rompe com esses vínculos, e a pessoa se submete à vontade de Deus. Só o caminho da cruz nos leva a sermos verdadeiros vencedores; mas muito poucos se animam a abrir a porta que conduz a esse caminho. 

Extraído do livro "Os Vencedores e o Reino Milenar" - Arcandio Sierra Dias